sexta-feira, 13 de agosto de 2010

A corrupção nossa de cada dia




Será que há solução para a corrupção? O Brasil se livrará desta mazela que o acompanha deste à época em que os portugueses puseram as mãos no território tupiniquim? A resposta é obvia – Não. Não enquanto votarmos nos mesmos políticos; é um verdadeiro absurdo vermos nos noticiários, escândalos envolvendo figuras conhecidas nos livros de historia e ainda assim eleger tais governantes. José Sarney que o diga; Desde a época da ditadura, ele é figura carimbada no meio político e perdura nela até hoje. Como presidente foi um fiasco total; Os planos Cruzado só ajudaram a disseminar a pobreza em grande parte das classes sociais; congelaram-se preços, salários e a inflação chegou a ponto alarmante, cerca de 86% no final de seu mandato. Ai já existem motivos de sobra pra não votar. Mas, ele atualmente só é o PRESIDENTE DO SENADO; o que me deixa mais perplexo é ver tantas notícias (e são recentes, saídas do forno) à respeito de irregularidades envolvendo seu nome – nepotismo, funcionários fantasmas, uso indevido de dinheiro público – e nenhuma providência foi tomada, nenhuma punição. Um absurdo! Vivemos mesmo em uma democracia? Talvez, na teoria. E volto com a mesma resposta - Não há solução. Não enquanto a imprensa brasileira for oportunista, partidária, pretensiosa e seletiva. Jornais e revistas de grande destaque nacional já foram protagonistas de vexames históricos; Globo e A Veja são duas especialistas no assunto. A primeira é descaradamente parcial; a segunda também. Pra que eu saiba, um dos primeiros pontos no jornalismo é a imparcialidade; é mostrar os fatos sem distorcê-los, sem dar uma opinião formada, pronta pra ser mastigada pela população acrítica. Mas os meios de comunicação posam de investigadores e denunciantes das arbitrariedades dos políticos, porém são seus maiores apoios. A Globo já elegeu a maior vergonha da era pós-ditadura: Fernando Collor. Sempre com um jogo de sensacionalismo, criticou o candidato da época Lula de todas as formas; forjou resultados como o Vox Populi, além de transmitir um debate editado onde o candidato Collor foi o vencedor. A Veja por sua vez, colocou capas e reportagens em que o Collor, que aliás é também figura da política atual, aparecia como o inimigo dos Marajás e blá blá blá...Collor venceu as eleições e tempos depois houve o impeachment do candidato. Bom, isso é só um das muitas razões para não se confiar em certos jornais de esgoto. Recentemente, o que veio à tona foi a entrevista em que a candidata Dilma foi simplesmente massacrada pelo entrevistador, nosso lindo e arrogante apresentador William Bonner. As perguntas, por incrível que pareça, tinham mais importância que as próprias respostas; mal a candidata abria a boca, o charmoso de mechas brancas já atacava de forma descarada a candidata. Era o Faustão, a Hebe, ou um jornalista aclamado por meio país que estava naquela bancada? O mesmo ocorreu com a Marina Silva; nada de propostas, só críticas e críticas... ai ai, ainda bem que temos a internet com seu leque variado de opiniões e jornalistas que primam pela equidade e sensatez; isso me dá um lampejo de esperança. Mas mesmo assim respondo novamente – Não. Não enquanto boa parte da população for massificada, acrítica, analfabeta (funcional ou não) e egoísta. Se os políticos fazem o que faz é porque alguém os colocou lá. E esse alguém somos nós. Antes de votar, temos que procurar analisar cada uma de nossas escolhas; elas é que vão decidir o nosso futuro. Tudo está ligado à política, portanto é de extrema importância votar consciente, pensando nos interesses coletivos da nação. Projetos como do FICHA LIMPA e as melhorias educacionais (mesmo que irrisórias), fazem meu otimismo como cidadão ser elevado e me leva a crer que talvez – Sim, nós podemos acabar, mesmo que aos poucos, com esta corrupção. Mas é preciso, primeiro, tirá-la de nosso cotidiano, de nossa cultura: temos que desbanalizá-la.

2 comentários:

  1. A massa é quem comanda, por ser o maior número, e ela é facilmente manipulada, a imprensa manipula a população massificada, as pessoas têm a memória fraca, se esquecem muito rápido dos fatos, um exemplo que você citou é o Sarney.
    É trágico mais é a realidade em que vivemos e como você mesmo disse, é muito difícil isso mudar.
    beijos adorei o blog!

    ResponderExcluir
  2. isso é um fato, infelizmente. É uma especie de ciclo, em que sem os governantes apropriados não há as devidas melhorias nos setores que ajudam a desmassificar essa grande parcela populacional; sem essa desmassificaçâo, esses mesmos politicos, ou outros(com as mesmas caracteristicas), são eleitos e assim perdura toda essa iniquidade, não só na politica, mas em varios setores socias. Obrigado Beeta, volte sempre e comente se puder. bjs

    ResponderExcluir